domingo, 16 de janeiro de 2011

Panorama da navegação internacional

 

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Com a crise econômica que se abateu sobre a economia mundial no final da década passada, um dos setores mais afetados pela desaceleração da economia foi o transporte internacional de cargas. Com a redução no volume de negócios internacionais, as empresas do setor passaram por maus momentos, chegando a cobrar fretes abaixo do custo operacional apenas para se manter no mercado. Em 2009, chegamos a marca de 11% da frota de containers mundial parados.


Os armadores são os que mais sofreram com a queda da demanda. No norte da Alemanha, onde se concentram alguns dos maiores armadores do mundo, o cenário já chegou a beirar o desespero num passado recente. Os operadores deixaram de contratar novos navios, e deixaram de renovar, ou renovaram por preços muito baixos os contratos dos navios já afretados, fazendo com que os tradicionais armadores alemães amargassem duras perdas, e fossem obrigados a arcar com os custos de manter dezenas de navios atracados, ociosos.


Porém, os sinais dos novos tempos são, se não animadores, pelo menos tranquilizantes. Com o reaquecimento da economia, principalmente dos países emergentes, um novo cenário de prosperidade pode ser vislumbrado. O crescimento do transporte marítimo que já chegou a crescer 10% ao ano, não deve passar de 6% nos próximos anos, mas novos navios já tem sido encomendados, e obras de infra-estrutura tem ajudado a animar o setor.


Como parte do novo cenário mundial, a China entrou de vez na rota das grandes navegações, e tem se tornado cada vez mais um destino importante, que pode ajudar a aquecer a economia. Enquanto o mercado europeu ainda sofre para se reestabelecer, a China tem atraído cada vez mais investimentos, e deve continuar assim, pelo menos enquanto os custos de produção continuarem sendo substancialmente menores lá do que no resto do mundo.


Novos investimentos tem sido feitos em alguns dos principais portos do mundo, especialmente em Rotterdam, onde os investimentos bilionários iniciados antes da crise foram mantidos, e estão a todo vapor. No Brasil, investimentos tem sido feitos para aumentar a capacidade do porto de Santos, e a reconstrução de Itajaí finalmente saiu do papel. Todos estes fatores contribuem para formação do cenário mundial do transporte marítimo, que, se não é dos melhores, pelo menos já esteve muito pior.

Um comentário:

  1. Se o Brasil não fosse tão avacalhado, dava pra acompanhar o crescimento da China, só que, não investe em tecnologia, nem em educação... e se esse projeto de Itajaí saiu do papel é pq vai entrar din din no bolço de alguém!!! Post fino!!! No próximo fala do show do Cypress e do Deftones... kkkkk. abraços

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